Scott Schuman, o badalado fotógrafo do blog The Sartorialist, está no Brasil para o Fashion Rio. Suas fotos são sempre um sucesso por retratar (e ditar) tendências para o mundo inteiro.
Na foto publicada esta semana, o que mais me chamou atenção (além da bolsa maravilhosa e todo o estilo da moça!), foi o painel vazado que está logo atrás. O painel de cobogós com pintura branca e iluminação azulada criou um efeito muito legal!
Cobogó é um tijolo vazado, um elemento totalmente brasileiro que foi criado em Pernambuco, e pode ser feito em cimento, cerâmica e até vidro. Funciona para fechamento ou divisão de ambientes permitindo a passagem de luz e ventilação. Tudo a ver com o mega calor que está fazendo no verão do Rio de Janeiro nessa época, não é?!
Em Brasília, vários prédios mais antigos da Asa Sul e Norte possuem cobogós nas fachadas, corredores ou áreas de serviço. Até mesmo a recente Biblioteca Pública Nacional, projeto de Oscar Niemeyer, tem as fachadas feitas com o material. Pode-se dizer que o cobogó é uma marca da cidade!
Fachadas feitas com 4 tipos de cobogó. Projeto Domo Arquitetos, Casa Cor Brasília 2008.
Cobogó pintado de preto e usado como se fosse um biombo para separar os ambientes. Restaurante Coco Bambu Brasília, projeto Raquel Fechina.
Dois tipos de cobogó isolam a sala de estar. Projeto André Alf para a Mostra Artefacto Brasília.
Fachada ma-ra-vi-lho-sa do Hotel Qing Shui Wan, na China. Observem que foi usado apenas um tipo de cobogó, mas a iluminação fez toda diferença!
Esta fachada tem a mesma ideia da anterior, mas neste caso o cobogó não é vazado. Loja Hi-Lo, em Belo Horizonte.
O arquiteto Márcio Kogan criou o Cobogo Haaz, uma versão mais moderna do cobogó feita em mármore branco para uma exposição na Turquia. Lindo demais!
Inspirações… parece mas não é!
Chapas de alumínio que reproduzem um desenho rendado foram aplicadas sobre uma grande caixa de madeira. Projeto Marcia Coelho para a Casa Cor São Paulo 2009.
Treliças de ferro que lembram o assento de uma cadeira de palha. Fachada da loja Farm de Ipanema, projeto Bel Lobo.
A fachada recria elementos da arquitetura árabe sob nova ótica, uma releitura dos muxarabies treliçados de madeira. Os diafragmas são metálicos e possuem aberturas em diversos tamanhos e formas geométricas que se abrem e fecham de acordo com as condições externas de luz, como se fossem uma câmera fotográfica.Instituto do Mundo Árabe em Paris, projeto do arquiteto Jean Nouvel.