Talvez você não saiba, mas o design escandinavo faz parte da sua vida!
A Escandinávia é uma região formada pela Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia e Islândia, onde o frio rigoroso predomina na maior parte do ano.
Por esse motivo, a casa escandinava sempre teve uma relevância enorme para esse povo, que se esmera em tornar seus ambientes super confortáveis, acolhedores e compostos por objetos que, além de belos e ergonômicos, tenham alguma função prática e que proporcione qualidade de vida a quem consome. É cultural.
Perseguir a forma ideal para tornar a vida mais tranqüila é uma das obsessões dos designers escandinavos, que desde os anos 30 são reconhecidos pela funcionalidade, praticidade e simplicidade das formas, além da beleza.
Desta forma, eles alcançaram os mercados internacionais com objetos que se tornaram “ícones” da modernidade e do bom gosto, expostos nos melhores museus do mundo como obras de arte, e de tão atemporais, alguns ainda são produzidos e comprados até hoje, como clássicos.
Entre os nomes mais importantes dessa época destacam-se:
Eero Saarinen (1910-1961) que desenvolveu de uma série de móveis bastante vanguardistas, premiados várias vezes no MOMA;
Alvar Aalto (1898-1976), que desenvolveu uma técnica de compensado moldado, obtendo peças esbeltas e resistentes;
Arne Jacobsen (1902-1971), com seu corte volumétrico que inovou a indústria de móveis produzindo ícones mundialmente comercializáveis;
Verner Panton (1926-1998), um dos designers mais influentes do século XX.
Poltrona Paimo, Alvar Aalto; Cadeira Ant e Poltrona Egg, ambas de Arne Jacobsen.
Poltrona Heart Cone, de Verner Panton ; mesa tulipa, de Eero Saarinen ; Poltrona Panton, de Verner Panton.
No Brasil as peças do design escandinavo, principalmente cadeiras e poltronas, são muito usadas e compõem muito bem todos os tipos de ambientes, deixando um ar bem contemporâneo.
No apartamento da estilista Adriana Barra (sou apaixonada por esta sala), em primeiro plano a poltrona Swan, de Arne Jacobsen. Em volta da mesa, a cadeira da série Ant, também de Arne Jacobsen e a Tulipa, de Eero Saarinen, entre outras. (revista Casa e Jardim)
Na mostra Classica Design a mesa e poltronas Tulipa, de Eero Saarinen.
Neste projeto das arquitetas Luzia Ralston C. Ribeiro, Fabiana Rocha e Priscila Izoldi, poltrona de Alvar Aalto. Ao fundo, cadeiras de Arne Jacobsen.
Atualmente, os valores principais aplicados a um bom design – durabilidade, integridade, acessibilidade, praticidade e sustentabilidade – continuam a predominar no design escandinavo e são encarados com uma atitude democrática, de que objetos de design devem ser apreciados não apenas por um pequeno grupo economicamente mais favorecido, e sim por todas as pessoas que o valorizem.
Além disso, devido a seu pioneirismo na utilização de madeiras de reflorestamento e sua preocupação com a sustentabilidade dos projetos, o design escandinavo permanece mais atual do que nunca.
Castiçal Cobra (Scandinavia Designs); Luminária LED1 Lamp (Tunto Finlândia); Luminária One (Scandinavia Designs).
Cadeiras Gubi, da dupla Komplot.
Comprovando a democracia a que o design escandinavo se propõe, surgiu na Suécia, em 1943, a IKEA, uma loja que existe até hoje em vários países europeus, além de Austrália e Canadá. É uma fabricante de varejo com soluções racionais, com custo baixo, estilo minimalista, que potencializa o lema de design democrático da marca, e que oferece aproximadamente 9500 itens e um catálogo com preços garantidos por um período de um ano. Foi assim que a IKEA se tornou uma das marcas mais cultuadas do planeta. Quero uma no Brasil!
No Brasil, existe em São Paulo a Scandinavia Designs, que vende peças de varias épocas, principalmente o atual. Em Brasília, a Quadra Interior vende as peças clássicas, entre outras lojas. Pela internet, tem na Desmobilia. A Tok Stok tem varias releituras e réplicas a preços bem mais acessíveis.
UPDATE: Com o intuito de apresentar o design finlandês a Tok&Stok realizará a mostra “Estrelas do design finlandês” no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, entre 11 de Março e 9 de Maio de 2010. A exposição foi organizada pelo Museu de Design de Helsinque, com apoio da Embaixada da Finlândia. A Finlândia colocou o design como projeto prioritário, tornando-o fonte primordial da identidade e economia, reunindo criadores, forças produtivas, capitais de grande porte, governos e meios de comunicação neste projeto.
Cadeira K, 2005, de Harri Koskinen e Bottle and glasses, 1956, de Timo Sarpaneva.
Veja também: design para crianças / o nome das cadeiras
Saudade da IKEA… é tudo de bom!
Tá mesmo demorando pra alguém abrir uma IKEA aqui. Ocorre que os impostos são tão altos que não teremos uma das maiores vantagens da IKEA, que são os preços bons. Aliás, acho que os móveis no Brasil são caríssimos! Nessas lojas especializadas em design, então, nem se fala…é só pra rico mesmo… eu chego lá. Beijos.
Nossa, a IKEA é tuuuudo de bom!!!
Eu morei na europa durante 05 anos e agora estou de volta fazem apenas 4 meses.
Eu iria adorar se um dia o Brasil estiver uma loja igual a IKEA que abrange todos as classes sociais, pois lojas no mesmo estilo aqui no Brasil é só pra rico. 🙁
Amei, amei, ameeeeeei a matéria! Bora pra Escandinávia, kkk.
Olá, tudo bem? Encontrei seu blog por acaso e, por ter muitas postagens sobre decoração e design, gostaria de pedir uma dica sobre essas cadeiras Saarinen. Estou cotando com minha esposa uma dessas para meu apartamento e estou em dúvida entre as sem braço e com braço. Encontrei um site com modelos interessantes, além do que o frete para mim ficaria bem barato. Então, fecharei nele. Só que não sei muito bem qual dos modelos atenderia melhor: o com braço ou sem braço. Eu já tenho a base da mesa e o tampo, Saarinen também, então é só completar com 4 dessas cadeiras…
Se puder ajudar, agradeço! Costumamos acessar bastante blogs de decoração para ter ideias, ainda mais nesses períodos de repaginada na decoração do apartamento!
Bjos