pregas

Cortinas (2)

por Cris Campos - 19 de setembro de 2014

———-> continuação de Cortinas 1

O primeiro post sobre cortinas é o que recebeu mais comentários com dúvidas até hoje aqui no blog. Nele explicamos os tipos de instalação, de pregas, de tecidos… mas cortina é mesmo  muito difícil de escolher, e nada como boas fotos pra inspirar e ajudar na decisão, né? Por isso separamos aqui várias imagens de cortinas lindas e super atuais. 

cortina-André Brandão e Márcia Varizo

Cortina franzida num tecido clarinho, mas encorpado. O bandô bem discreto como o da foto é uma boa solução pra dar acabamento ao trilho suiço sem precisar quebrar o gesso pra fazer o cortineiro. André Brandão e Márcia Varizo.

cortina-pesada

Cortina com pregas americanas num tecido bege um pouco mais escuro, complementando a decoração monocromática da sala. Projeto Zize Zink.

cortina-com-xale

Cortina dupla, primeiro um voil só pra filtrar a luz e por cima uma tecido mais encorpado que escurece e dá um acabamento mais sofisticado. #assimeugosto Projeto Kwartet Arquitetura.

Adriane Conti

Cortina com pregas fêmea num tecido encorpado e com duas faixas no meio, achei esse detalhe bem bonito! Projeto Adriane Conti.

cortina-leve

Cortina delicada com forro de voil e um tecido tramado por cima. Projeto Luiz Trigo.

cortina-no-varao

Cortina com pregas americanas e argolas no varão. A cor branca se destacou e clareou a sala de paredes cinza escuro. Via Casa e Jardim.

cortina-pequena

Um dúvida recorrente é se é necessário colocar um cortina única se a parede tiver duas ou mais janelas. Essa foto responde direitinho: fica lindo usar uma cortina independente pra cada janela. Projeto Zize Zink.

cortina-leve

Cortina linda, bem leve e delicada para uma sala com pé-direito duplo. Projeto Fernanda Eicke.

cortina-cinza

Cortina franzida linda, feita de linho cinza. Apesar da cor mais escura não ficou pesada. Ceres Vasconcelos e Carolina Vasconcelos.

cortina_Thais de Souza Parreira

Nesse quarto as cortinas brancas foram complementadas por um painel estampado super feminino. Adorei! Projeto Thais Parreira.

cortina-floral

Outro quarto feminino e delicado com cortinas franzidas num tecido estampado. Projeto Zize Zink.

cortina roxa

Pelas fotos acima vocês devem ter percebido minha preferência por cortinas com cores neutras. Mas achei lindo esse exemplo exatamente oposto, uma decoração toda clarinha e a cortina roxa em destaque. Projeto Ana Virginia Furlani.

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Cortinas

por Cris Campos - 08 de junho de 2010

Além de cumprirem o importante papel de equilibrar ou vedar a iluminação natural para se adequar às funções do ambiente, as cortinas servem para dar privacidade, destacar ou esconder a vista da janela, e até diminuir ruídos externos. Na decoração elas são um importante complemento e deixam os ambientes mais charmosos e sofisticados.

Escolher uma cortina é uma tarefa complexa. Além do tecido, deve ser definido que tipo de costura será usado, se tem ou não a necessidade de usar forro ou blackout, qual a altura da barra, se a cortina será instalada em trilho ou varão e se estes serão simples, duplos ou até triplos… Aff! Mas não se desespere, para cada caso existe uma solução!

Cortina de organza de seda com bordados de algodão instalada com argolas em um varão, sobre forro de xantungue misto com pregas americanas. Projeto de Aline Cremonini.

A cortina pode correr em trilhos, chamados trilhos suíços, ou em varão.

No trilho suíço a cortina corre com mais facilidade, além de permitir uma maior variedade de pregas no tecido, que dão o maior charme. Mas como o aspecto não é dos mais bonitos, o trilho deve ser escondido por um cortineiro, normalmente feito no gesso ainda durante a obra.

Os suportes de varão, por sua vez, devem ficar fixos por cima, permitindo que a cortina corra sem problemas. Mas acabamento com ilhoses ou alças passantes são indicadas para modelos pouco utilizados, pois podem emperrar.

– As cortinas devem combinar com o estilo adotado para o ambiente, considerando as cores, texturas e formatos, assim como a forma de instalação.

– Na hora de escolher o tecido, os fatores físicos são relevantes: quando a incidência do sol é grande ou a vista da janela não agrada, o ideal são tecidos pesados, como sarja, algodão fechado, linha pura e seda rústica, com forro de tergal misto ou blackout.

– Se a casa é escura ou possui uma bela vista, podem ser usados tecidos mais leves e transparentes, como voal, chiffon, organdi, seda leve ou gaze de linho, podendo dispensar o uso de forro.

– O forro serve para proteger o ambiente e o próprio tecido do sol excessivo. Geralmente, é feito separadamente e corre em trilho ou varão independente, dando a opção de abrir ou fechar quando quiser, mas pode ser costurado à cortina.

– Outro fator importante é a questão da praticidade, pois para lavar em casa, os tecidos devem ser leves ou sintéticos, pois os mais pesados pedem lavagem especializada, pois podem encolher.

– Em termos de custo, os tecidos sintéticos são mais baratos, mas os naturais costumam ter o caimento mais bonito.

– Mesmo correndo o risco de sujar mais facilmente, a cortina fica bem mais elegante quando a barra arrasta de 2 a 4cm no chão.

Existem vários tipos de acabamentos para as cortinas, com pregas, argolas, botões, ilhoses… Tudo pra deixar essas peças tào importantes ainda mais charmosas. Vamos mostrar aqui os mais usados:    

Pregas americanas: Modelo clássico, tem detalhes feitos com três preguinhas e pode ser presa em trilho ou varão. Geralmente é usada com forro, o que favorece o caimento.

Cortina no tecido Lexus, da Donatelli, uma trama de poliester branca, que lembra uma gaze de linho, confeccionada com pregas americanas e barra sobrando 4cm sobre o chão, bem chique! O trilho suíço ficou escondido pelo cortineiro de gesso. Projeto de Roberto Migotto.

Pregas fêmea : O volume dos tecidos vai para trás e a cortina fica com um caimento reto.

Esse apartamento de um prédio dos anos 50 possui uma caixa de madeira com persiana metálica, que faz parte da fachada. Para disfarçar a persiana no interior foi instalado um varão fazendo o contorno da caixa. A cortina de algodão listrado, presa em argolas metálicas, tem pregas tipo fêmea.

Pregas macho: O volume do tecido concentra-se na frente, proporcionando caimento reto e elegante. Podem ser usadas em varões ou trilhos ou ainda como xales laterais e é um dos acabamentos mais usados, pois não gasta muito tecido.

Nesse ambiente foi usada uma cortina franzida de voal, bem leve e fácil de lavar, e dois xales de um tecido que mescla linho e voal, costurados com pregas macho adornadas com botões forrados no mesmo tecido. Um detalhe lindo! O conjunto foi instalado num trilho suíço duplo escondido pelo cortineiro de gesso.

Painel : Pode ser usado desde os tecidos mais encorpados até os mais leves, além de lona ou tela. Fica bem em decorações modernas.

A porta da varanda foi coberta por painéis de linho que se transpassam 10cm e deixam transparecer a vista lá fora. Para um ar mais artesanal, o contorno de cada painel recebeu aplicação de canutilhos de madeira. O trilho suíço ficou escondido no gesso. /  Na segunda foto, foram usados painéis em gaze de linho branco e amarelo, que usados intercalados trazem um pouco de cor e graça à sala de jantar. Projeto de Miguel Pinto Guimarães.

Argolas: Sempre atuais, as argolas presas ao varão suspendem o tecido. Podem ser em metal cromado, dourado, ouro velho e madeira natural ou branca, dependendo do estilo do ambiente e da cor do varão.

Essa sala de TV recebe muita luz à tarde. Para escurecer o ambiente, além do blackout, foi escolhido um modelo que combina dois tons de voal: o marrom sobre o dourado. Assim, o conjunto, pendurado por argolas em varão duplo, ajuda a segurar a luminosidade, sem eliminá-la totalmente. Projeto de Antônio Ferreira Jr. e Mário Celso Bernardes. 

Ilhoses: São indicados para cortinas pouco utilizadas e mais decorativas, em tecidos leves. Mas podem emperrar no varão e após muitas lavagens à máquina os ilhoses podem se soltar.

No primeiro ambiente, instalou-se um varão de metal abaixo do teto para os xales de seda, presos por ilhoses. Com 9 m de largura cada um, eles têm a metragem exata para fechar o vão de 3,50 m da janela. Por dentro, uma cortina de voal misto corre num trilho atrás da sanca. Projeto de Adriana Penteado. /Para suavizar o visual dos painéis de bambu, que correm em trilhos suíços, foi fixado um varão metálico do qual pende uma cortina em gaze de linho costurado com ilhoses. Projeto de Marcia Coelho.    

Passantes de tecido: Ficam muito bem usadas como xales, sobre persianas ou rolôs. São superdecorativas, porém as alças não deslizam bem no varão.

Aqui foram misturados seis xales diferentes, de 1,10 x 2,50 m cada um. Os lisos de xantungue de seda foram dispostos nas laterais e os listrados de voal, no centro. A idéia aqui era não usar forro, e apesar das cores fortes, a transparência mantém a leveza dos tecidos. As peças foram instaladas com alças passantes em um varão de bambu.  Projeto de Mario Almeida. 

Tecido inteiriço: Acabamento simples, atual e elegante, porém, tem deslizamento difícil no varão. Sua função é mais decorativa. O ideal é que sejam instalados em trilhos suíços.

A cortina dessa sala é composta por quatro painéis de voal branco, que receberam um bordado em formato de ramo de flor, em pespontos pretos. Um cortineiro de madeira pintada de branco esconde o trilho suíço duplo, que também sustenta o forro de gabardine. / Na sala de jantar, duas folhas em cambraia de linho serviram como tela para o bordado manual feito de viés americano branco e contas plásticas coloridas, com um resultado bem romântico.

 

 

“Para calcular a quantidade de tecido necessária para uma cortina não muito franzida, meça a largura acrescentando entre 20 e 40 cm para cobrir as laterais da janela. No caso de tecidos encorpados, multiplique esse número por dois e para tecidos finos, por três, para a cortina ganhar volume. O resultado é a largura total. Divida o resultado por 50 cm (pois cada altura equivale a 50 cm de largura da cortina já acabada. Exemplo: uma cortina com 3 m de largura equivale a seis alturas) e você terá a quantidade de alturas (no jargão dos cortineiros) a serem emendadas. Depois meça o comprimento, acrescentando 30 a 50 cm para a barra e a cabeça.” Revista Casa Cláudia.

Desenhos: Revista Decora Baby. Fotos: revista Casa Cláudia.

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