Casa no Saco do Mamanguá

por Cris Campos - 07 de janeiro de 2011

Num cantinho escondido no meio do caminho entre Rio e São Paulo, no município de Paraty, fica o Saco do Mamanguá, o único fiorde tropical da costa brasileira, formado por uma entrada de mar que se estende por 8km até um preservado manguezal na Baía de Ilha Grande. Foi esse o paraíso escolhido como cenário para casa de praia de um casal e seus cinco filhos.

Google Images

Os arquitetos escolhidos para o projeto foram Bernardes e Jacobsen, conhecidos por seu talento em projetar casas rústicas com um conceito moderno, aliando o bom desenho ao uso de sistemas construtivos simples e materiais naturais. Sou super fã do trabalho deles! Aqui a inspiração veio da simplicidade das tradicionais casas de pescadores. A estrutura da casa é toda exposta aparente, formada por grandes peças de eucalipto.

Ao contrário do que o proprietário imaginava, os arquitetos escolheram construir a casa na parte mais baixa do terreno, pensando no aproveitamento da ventilação natural vinda do mar e o resultado foi maravilhoso. A casa fica um pouco elevada e a varanda, com piso de madeira, se estende formando um deck. Vários bancos de madeira cercam a área fazendo as vezes de guarda-corpo.

A casa é toda envidraçada, com generosas aberturas dos dois lados, permitindo uma total integração do interior com o exterior formado pela exuberância da Mata Atlântica. A sala tem pé-direito duplo, favorecendo ainda mais a ventilação e iluminação naturais.

Portas pivotantes permitem a entrada da brisa que vem do mar para ventilar toda a casa e o mar pode ser visto de todos os ângulos. O piso da casa é uma cerâmica  do ateliê de Francisco Brennand, um famoso artista plástico e ceramista de Recife.

A passarela em madeira que liga a suíte master ao quarto das crianças lembra uma ponte na floresta, ou uma casa na árvore, com o guarda-corpo rústico em eucalípto. No telhado, uma clarabóia permite a entrada de luz natural em toda a casa.

A sala de estar recebeu forro de palha, deixando o ambiente ainda mais rústico e aconchegante. A decoração é despojada e recebeu peças de madeira rústica compradas em Bali. Ao fundo, um jardim de inverno formado por plantas nativas da região, como as bananeiras.

A varanda recebeu móveis rústicos e confortáveis.  /Os quartos também têm mobiliário rústico, como a cama em futton, e receberam o mesmo forro de palha da sala.

O deck e os bancos são de madeira tratada. Algumas pessoas resistem a usá-la para esse fim por achar que com o tempo ela fica feia, mas aqui está um exemplo da madeira exposta ao tempo, com o desgaste natural do material. Ela adquire um tom acinzentado que eu, particularmente, acho muito charmoso.

A composição da cor do mar com as das plantas nativas da Mata Atlântica formam um cenário deslumbrante!

O acesso a esse paraíso só é possível por helicóptero ou barco. Pensando na dificuldade dos paparazzi (e na beleza do lugar) não é de se admirar que este tenha sido o cenário escolhido para a lua de mel de Bella com o vampiro Edward no filme Amanhecer, o 4º da saga Crepúsculo, que tem estréia no Brasil prevista para novembro de 2011.

Mesmo com a dificuldade de acesso os curiosos não perdoaram e várias fotos da filmagem estão na internet. Olha os atores usando os bancos da varanda!

Fonte: Architectural Digest

Já mostramos aqui no blog outra casa linda projetada por Bernardes e Jacobsen em São Paulo.

Veja outros cenários de filme aqui e aqui!

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  1. 07 de janeiro de 2011 às 15:54

    Maravilhosa!!!

  2. 07 de janeiro de 2011 às 18:35

    Delicia….

  3. Mariana
    16 de janeiro de 2011 às 12:03

    Eu vi de barco! O guias apontaram e disseram que foi lá a filmagem do filme. De longe, pelo menos, é muito linda, e o lugar, um paraíso…

  4. Mônica.
    17 de janeiro de 2011 às 09:25

    Minhas caras blogueiras,
    a despeito da Beleza da construção,
    esta casa desrespeita a legislação ambiental, pois situa-se numa Reserva Biológica da Juatinga, o que pela lei do SNUC, não permite construções deste tipo.
    Sugiro que o proprietário informe-se a respeito, para não ter maiores prejuízos
    com sua desmobilização.
    Mônica.